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segunda-feira, 11 de março de 2013

PESQUISANDO NO CÉU: GIVANILDO ALVES



O pesquisador, escritor e jornalista esportivo Givanildo Alves nasceu em Rio Largo, Alagoas, no dia 23 de abril de 1934, indo morar em Recife quando tinha 9 anos de idade.
Começou a carreira no jornal Última Hora, em 1962, integrando a equipe de Esportes comandada por Lula Carlos, saindo no ano seguinte para o Diário da Noite (vespertino da empresa Jornal do Commercio), onde viria a dividir com Francisco José e, posteriormente, o mesmo Lula Carlos, a coluna “Dois Toques”, de 1965 a 1972. Um escrevia o “Toque Um” e o outro o “Toque Dois”.
Tamém em 1962, integrou a equipe de esportes da Rádio Capibaribe.
Depois atuou na Rádio Jornal.
Em agosto de 1978, Givanildo lançou o livro “História do Futebol em Pernambuco”, sob o patrocínio do Departamento de Cultura do Estado, que a incluiu no seu Programa de Publicação de Obras de Interesse para a Cultura de Pernambuco.
A pesquisa de Givanildo não se limitou apenas aos arquivos dos clubes e da Federação, muito pobres, por sinal. Recorreu, principalmente, ao Arquivo Público Estadual, onde consultou de 1900 a 1950, página por página, coleções de jornais que circulavam na época, como A Província, A Notícia, Jornal Pequeno, Jornal do Recife, Folha da Manhã, Diário da Noite e os que ainda hoje circulam, a exemplo do Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio e Diário da Manhã, além dos primitivos estatutos do América, Náutico, Santa Cruz e Sport.
Pesquisou também publicações especializadas e não especializadas. Partiu para livros que falassem do Recife antigo. Para completar o trabalho, ouviu personagens contemporâneas de alguns fatos narrados no livro. Conversou com todos.
Até hoje o livro é obra de referência sobre o assunto.

 


Vinte anos depois, Givanildo Alves lançou a segunda edição do seu livro História do Futebol em Pernambuco, agora pela Editora Bagaço, com 288 páginas. Como era de se esperar, foi ampliada e revisada e agora contém mais informações sobre o futebol do Estado.
Sua última participação em rádio foi na Olinda, como comentarista do programa “Tribuna Tricolor”, atividade que dividia com a função de copy-desk do Diário de Pernambuco, para onde se transferiu em 1984. Nesse jornal, assinou também a coluna “Contra-Ataque”.
Contratado pela Federação Pernambucana de Futebol escreveu “85 Anos de Bola Rolando”, que teve prefácio do ministro Marcus Vinícius Vilaça e “orelha” do governador Jarbas Vasconcelos. Foi lançado em maio de 2000, uma edição “post-mortem”. O que era para ser festa pelo aniversário da Federação Pernambucana de Futebol, se transformou em profunda tristeza.
Quase na mesma semana em que entregou os originais do novo livro, Givanildo Alves faleceu. Carlos Alberto de Oliveira, então Presidente da Federação Pernambucana de Futebol, assim se referiu aos seus últimos momentos: “Serenava o seu rosto de alegria nas faces e brilho nos olhos pela consciência da tarefa concluída. É como se ele estivesse se despedindo do futebol pernambucano que tanto ajudou a consolidar”.
Givanildo faleceu às 17 horas do dia 4 de abril de 2000, no Hospital Português, vítima de câncer.

 

LEI Nº 16.641/2001

Ementa: Denominar-se-á Jornalista Givanildo Alves, a próxima artéria a ser inaugurada na Cidade do Recife.
O povo da Cidade do Recife, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Denominar-se-á Jornalista Givanildo Alves, a próxima artéria a ser inaugurada na Cidade do Recife.
Art. 2º Esta Lei Entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
Recife, 16 de abril de 2001
JOÃO PAULO LIMA E SILVA
Prefeito da Cidade do Recife

A rua Jornalista Givanildo Alves está localizada no bairro de Afogados, na cidade de Recife.
 
Colaboração: Carlos Celso Cordeiro.

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