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quarta-feira, 10 de abril de 2013

O RECANTO DO GUERREIRO: Domingos D’Ângelo

 

 
Domingos Antônio D’Ângelo Junior, ou só Domingos D’Ângelo, está com 74 anos, é casado, tem três filhos e oito netos.
Tem o curso superior de Administração de Empresas/Administrador de Recursos Humanos e é torcedor do São Paulo.
O “Recanto” desse guerreiro fica em São Paulo, em sua residência, numa casa que tem um terreno de
11 x 50 metros. Isto o preocupa muito, pois, fica imaginando quando tiver “passado” para o lado de lá, quem na família terá espaço para abrigar a sua biblioteca.
Atualmente, sua biblioteca é composta de 2.016 obras com o tema Futebol, em português. Em 2013 já tem mais 15 livros lançados ou em fase de lançamento que ainda não comprou, pois, segundo ele, tem faltado “fôlego” econômico para tal.
Segundo Domingos, sua coleção serve como uma diversão, mas muitas vezes o fez refletir sobre a vida e certamente o enriqueceu como pessoa.
O primeiro livro que chamou sua atenção foi “Drama e Glória dos Bicampeões”, de Armando Nogueira e Araújo Neto, de 1962. Na verdade, Domingos não sabe precisar quando começou a montar sua biblioteca, calculando em mais ou menos 40 anos.
A biblioteca tem livros sobre Biografias, Narrativas, História, Clubes, Crônicas, Romances, Ficção, Dicionários, Infanto-Juvenil, Legislação/Regras, Administração, Psicologia, Sociologia, Medicina, Táticas e Técnica, sempre com o tema Futebol. É esta a classificação que ele utiliza.
Nos últimos anos tem ocorrido um acréscimo no lançamento de livro com o tema futebol.
As biografias, histórias de clubes, almanaques, crônicas e sociologia tem sido maioria em relação a ficção e romances.
Domingos não saberia dizer qual seu melhor livro. Recentemente tentou escolher 100 e desistiu. De qualquer forma, indica alguns livros que tem grande admiração.
Sob o título de biografias, certamente o livro do Ruy Castro, Estrela Solitária - Um brasileiro chamado Garrincha, que ajudou a diminuir o preconceito sobre o tema (futebol e literatura).

 

Ainda podem ser lembradas outras belíssimas biografias, tais como “Fio de Esperança” (biografia de Telê Santana, de André Ribeiro); “O Diamante Eterno”, também de André Ribeiro; “João Saldanha: uma vida em jogo”, de André Iki Siqueira; “Nunca Houve um Homem como Heleno”, de Marcos Eduardo Neves e “O Artilheiro que não sorria”, do Rafael Casé, sobre o Quarentinha.
Está sendo lançado um livro sobre o Friedenreich, escrito pelo Luiz Carlos Duarte, que é um ótimo livro.
Sobre clubes, temos os livros da Editora DBA:
Corinthians Paixão e Glória, Juca Kfouri; Palmeiras A Eterna Academia, Alberto Helena Junior; Santos - Um Time do Céus, José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta e São Paulo F.C. Saga de um Campeão, Ignácio de Loyola Brandão.
E os dois da Editora Mercado Aberto, do Ruy Carlos Ostermann, Até a Pé Nós Iremos (Grêmio) e Meu Coração é Vermelho (Internacional).
Não se pode esquecer a coleção “Camisa Treze” inicialmente da DBA e depois com a Ediouro, com 13 livros publicados sobre clubes.
O jornalista Orlando Duarte recentemente escreveu três excelentes livros sobre o “trio de ferro”, publicados pela Companhia Editora Nacional: Palmeiras - O alviverde imponente e Corinthians - O Time da Fiel, junto com João Bosco Tureta, em 2011, São Paulo F. C. - O Supercampeão, em conjunto com Mário Vilela.
A respeito da Seleção Brasileira, dois “livraços”:
Enciclopédia da Seleção - As Seleções. Brasileiras 1914/2002, Ivan Soter, e Todos os Jogos do Brasil, Ivan Soter, André Fontenelle, Mario Levi Schwartz, Dennis Woods e Valmir Storti.
Corinthians e Flamengo têm merecido um maior número de livros, em razão do tamanho de suas torcidas.
Sobre futebol e música, certamente Futebol - no país da música, do Beto Xavier.
Sobre futebol e cinema: Fome de Bola - Cinema e Futebol no Brasil, Luiz Zanin Oricchio e Futebol por todo o Mundo - Diálogos com o cinema, Victor Andrade de Melo e Marcos Alvito (orgs.)
Outras obras que tratam da história do futebol brasileiro e merecem citação são:
O Pontapé Inicial - Memória do Futebol Brasileiro (1894/33), do Prof. Waldenyr Caldas, Ibrasa, de 1990, com 234 páginas, precursor sobre a história do futebol.
Corações na Ponta da Chuteira, do Prof. Fábio Franzini, da DP&A Editora, de 2003, com 95 páginas, pequeno mas com muito conteúdo.
O livro Nascimento de Uma Paixão - História do Futebol, escrito pelo Engenheiro Duílio Domingos Martino, em 1997, com 830 páginas, deve também ser considerada uma obra de referência, com a origem do futebol, fac-símile de periódicos e súmulas de jogos.
O jornal Lance em 2001 editou, com autoria de Marcelo Duarte Enciclopédia do Futebol Brasileiro - 2 volumes, com 574 páginas, que em 2009 se atualiza com o título em Lancepédia - A Enciclopédia do Futebol Brasileiro, também em 2 volumes, com co-autoria do Marcelo Damato e com 692 páginas.
O Prof. Celso Unzelte autor de 14 livros, entre outros Almanaque do Corinthians, Almanaque do Palmeiras e 9 edições especiais da Placar, é autor do O Livro de Ouro do Futebol, editado pela Ediouro em 2002, com 692 páginas, é outra obra de referência para se conhecer a história do futebol.
Footballmania – Uma História Social do Futebol no Rio de Janeiro, 1902-1938, de Leonardo Affonso de M. Pereira, Nova Fronteira, 2000, com 374 páginas.
Futebol Brasil Memória - De Oscar Cox a Leônidas da Silva, Claudio Nogueira, Senac Rio, 2006, com 283 páginas.
Memória Social dos Esportes – Futebol e Política: A Construção de uma Identidade Nacional, Francisco Carlos Teixeira da Silva e Ricardo Pinto dos Santos (orgs.), Mauad e Faperj, 2006, com 398 páginas.
Letras, 2008, com 446 páginas.
O Futebol Explica o Brasil, de Marcos Guterman, Contexto, 2009, com 270 páginas.
Se citarmos os livros de e sobre Mario Filho e Nelson Rodrigues, teríamos mais uns 20.
Sem dúvida O Negro no Futebol Brasileiro, com prefácio de Gilberto Freyre, Civilização Brasileira, em 1964, reeditado pela Editora Firmo em 1994 e pela editora Mauad em 2003, se destaca dos demais, além de “obra prima”, até hoje não se consegue determinar se é um livro sobre a história ou sociologia.
Criador das mais significativas metáforas no futebol, Nelson Rodrigues deixou uma herança que não obstante diversos livros, ainda tem muito a ser estudada. A obra de Nelson Rodrigues é de uma grandeza, que vai demorar ainda alguns anos para ser devidamente avaliada.
Suas crônicas sobre futebol também estão em vários livros.
Não deveriam ter sido deixados de lado autores como: Roberto Da Matta, Roberto Assaf, Thomaz Mazzoni, Edilberto Coutinho, Armando Nogueira, João Máximo, João Saldanha e mais uns 50 autores, mas aí não caberia nesse blog...

Um comentário:

  1. Caro editor deste blog.

    Interessante matéria. Ontem pela TV acompanhei a inauguração da Biblioteca dedicada ao futebol. Encantada estou neste momento a formatar a matéria em meu blog Bibliotecária. www.http://blog-inaja.blogspot.com.br/2013/10/biblioteca-no-museu-do-futebol-em-sao.html
    Ressalto contudo que meu pai fora um dos autores de vultosa obra - Álbum Futebolístico de São Paulo", do qual possuo um único volume - para mim obra rara, dada a dedicação e amor que meu pai Nelson Martins de Almeida dedicava ao mesmo.
    http://nelsonmartinsdealmeida.blogspot.com.br/search/label/%C3%81lbum%20de%20Pira%C3%A7ununga
    Obrigada pelas informações aqui contidas. Não me contive e quis compartilhá-las. Obrigada e acompanhe a publicação nos links indicados. Abraço

    ET: como Bibliotecária, você poderá perceber meu apreço pelo assunto biblioteca e livros.

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