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sexta-feira, 29 de março de 2013

MUSEUS & MEMORIAIS: O Memorial Treze de Maio, do Vitória

 

O Esporte Clube Vitória, de Salvador (BA), inaugurou no dia 1º de junho de 2012 o “Memorial Treze de Maio”, um espaço que traz em seu nome o dia e o mês da data de fundação do clube rubro-negro baiano.
Localizado no Estádio Manoel Barradas, o Barradão, o memorial foi concebido em parceria com a Brahma e terá exposição das conquistas do Vitória em seus 113 anos de história, com troféus e faixas dos títulos, camisas, galeria dos presidentes, além de exibir também taças levantadas pelo rubro-negro baiano no voleibol, pólo aquático, remo e nas divisões de base do clube.

 
Nesse espaço a história do Vitória será contada de diversas maneiras. Textos, vídeos e aplicativos em tablets ajudam o torcedor a conhecer um pouco mais da tradição centenária da equipe.
Dos irmãos Artur e Artêmio Valente a Alexi Portela. Dos craques Quarentinha, Petkovic e Bebeto ao artilheiro do Brasil, Neto Baiano. Tudo isso poderá ser encontrado no memorial.
O memorial foi a maneira que o Vitória encontrou para reverenciar os seus feitos.



O Vitória é um dos clubes mais antigos do Brasil. Foi fundado em 13 de maio de 1899, pelos irmãos Artêmio e Arthur Valente e mais 17 amigos no Corredor da Vitória, como Club de Cricket Vitória. Eles buscavam alternativa para pode praticar o cricket – esporte da moda na época -, já que os brasileiros eram proibidos de atuar nos clubes existentes.
O Vitória pode se orgulhar de ser um dos responsáveis pela inserção de diversos esportes na comunidade baiana. Além de permitir o jogo do cricket aos brasileiros, o clube logo iniciou a prática da natação, remo, atletismo e o futebol (adotado em 1902). Esses novos esportes fizeram com que o clube mudasse o nome para Sport Club Victoria.
 

No futebol, hoje carro chefe do Vitória, a primeira conquista foi no Campeonato Baiano de 1908. No ano seguinte, o primeiro bicampeonato estadual da história do rubro-negro.
Toda essa história pode ser vista e tocada no Memorial Treze de Maio.
Os visitantes podem conferir a história do Vitória, além de assistir aos jogos mais importantes do time.
O memorial funciona de segunda à sexta-feira, das 9 às 18 horas e durante os jogos do Vitória. Ele fica anexo a
nexo à loja “Planeta Vitória”, localizada na entrada do Barradão.

quarta-feira, 27 de março de 2013

UM POUCO DE HUMOR




OS MANDAMENTOS DO PESQUISADOR
Rayssa Vicentin

1º Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental.
2º Não verás teu filho crescer.
3º Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4º Terá gastrite, se tiver sorte. Se for como os demais, terá úlcera.
5º A pressa será teu único amigo e as suas refeições principais serão os lanches, as pizzas e o China in Box.
6º Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
7º Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho.
8º Dormir será considerado período de folga, logo, não dormirás.
9º Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10º A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te fará mais efeito.
11º Terás sonhos com sua pesquisa, e não raro, resolverás problemas de trabalho neste período de sono.

OS DEZ MANDAMENTOS DO PESQUISADOR
Autoria desconhecida

1. Não cobiçarás o tema do teu próximo.
2. Não pesquisarás o que está apenas na tua cabeça.
3. Não investigarás tema sem fonte, porque a tua tarefa é fazer os dois se comunicarem.
4. Não te perderás em meio à falta ou ao excesso de planejamento, a menos que a tua genialidade te permita prescindir dele.
5. Não desprezarás a rotina, porque ela pode te liberar para o exercício da criatividade.
6. Não menosprezarás as normas, a menos que pretenda reformá-las.
7. Não te julgarás incompetente, porque não o és, até prova em contrário.
8. Não escreverás uma obra-prima, a menos que já estejas maduro para produzi-la.
9. Não farás uma colcha-de-retalhos, porque és capaz de um trabalho verdadeiramente intelectual.
10. Não ignorarás os teus leitores, a menos que te aches mais importante do que eles.

segunda-feira, 25 de março de 2013

BATE-BOLA COM O PESQUISADOR: JÚLIO BOVI DIOGO

 

01. Qual seu nome completo, seu apelido (se tiver) e onde e quando nasceu?
Meu nome é Julio Bovi Diogo, nasci em Santos (SP) no dia 13 de dezembro de 1961.

02. Com que idade você começou a juntar material relacionado ao futebol e a desenvolver pesquisas sobre o tema “futebol”?
Comecei em 1972, comprando a revista Placar e sempre ia à seção Tabelão para ver os resultados.

03. O que faz atualmente em sua vida profissional? Sua profissão está relacionada às pesquisas sobre o futebol? Quanto tempo está na atual profissão? O que fazia antes?
Sou médico. E as pesquisas hoje para mim servem como uma terapia para tirar o stress da profissão. Sou formado há 25 anos.

04. Alguém o incentivou a começar as pesquisas? Lembra quando foi e de que forma? O que o levou a iniciar as pesquisas?
Ninguém me incentivou, foi algo natural. Gostava de ver os resultados e guardar tabelas dos campeonatos paulistas.

05. Qual a maior satisfação que as pesquisas lhe proporcionam ou proporcionaram?
Sem dúvida a de terminar a pesquisa, ver que o trabalho valeu a pena ao conseguir todo o material que esperava conseguir.

06. O que representa as pesquisas para você? É um hobby apenas? Quanto tempo de sua semana você dedica às pesquisas? Você é daqueles que regularmente vão até as bibliotecas? Sua família apoia você?
Para mim é um hobby e uma terapia. Sobre o tempo médio de pesquisas não tenho como falar, mas varia com a disponibilidade de horários e hoje com muitos jornais antigos sendo disponibilizados na internet ficou mais fácil fazer as pesquisas. Aqui em Santos (SP) tem a hemeroteca municipal com a coleção completa dos jornais “A Tribuna” e “Cidade de Santos”. Já diminuí bastante a ida até este local por ter se esgotado o que precisava pesquisar. Tem também o Centro de Memória De Vaney onde também já esgotei o que necessitava. Acho que dentro da média dos pesquisadores, a família não apóia a perda de tempo (para esposa e filhos) destas pesquisas.

07. Quais foram as suas maiores alegrias na “carreira” de pesquisador? E as maiores tristezas ou decepções?
A minha maior alegria foi ter terminado de levantar todos os jogos da Portuguesa Santista. As maiores decepções não foi ter conseguido ainda terminar o mesmo trabalho do Jabaquara e nestas pesquisas, por serem clubes de menor expressão, dificilmente os jornais publicavam as fichas técnicas das partidas.

08. Qual(is) a(s) pesquisa(s) que você fez e chamaria de inesquecível(is)?
A que chamo de inesquecível e que ainda não terminou foi uma em parceria com o colega Marcos Galves, de Sorocaba (SP), onde estamos fazendo um levantamento dos resultados de todas as divisões de acesso do futebol paulista desde 1948. Fizemos diversas viagens a bibliotecas e jornais do interior para levantar estes resultados, mas ainda falta uma porcentagem pequena de resultados.

09. E qual a sua pior pesquisa, aquela que você não gostaria de lembrar?
Não existe. Quando me proponho a pesquisar sei que ao seu final irá me dar satisfação pessoal, mesmo que o resultado não seja completo.


10. Descreva um fato pitoresco presenciado por você acontecido durante as pesquisas em bibliotecas, centros de documentação ou outros.
Aconteceu há pouco tempo com o colega Rodolfo Stella. Fui um sábado ao Arquivo do Estado em São Paulo e vi um rapaz conversando muito com outro e olhava para ele, e pensava, conheço ele de algum lugar, mas me dirigi para uma mesa e ele para outra e depois nos desencontramos. Alguns dias depois mandei um email para ele e perguntei se ele tinha ido lá e ele confirmou que sim...

11. O que tira você do sério em relação à conduta de alguns pesquisadores?
Sem dúvida são duas: primeiro o desrespeito ao patrimônio público, quando “pesquisadores” cortam páginas de jornais e levam este material embora. O segundo é o egoísmo de alguns pesquisadores que não querem fornecer a outros o material pesquisado. Este material fica guardado, muitos morrem e a família simplesmente joga no lixo.

12. Qual o local de pesquisa mais organizado que você já visitou?
Não conheci nenhum tão desorganizado assim. Todas as bibliotecas e arquivos público, na minha opinião, são bem organizados e sobrevivem assim graças a alguns funcionários que os preservam de forma exemplar.

13. E qual o arquivo particular mais interessante que você já teve a satisfação de poder visitar ou de saber de sua existência?
Conheci poucos arquivos particulares, por isso não poderia responder com exatidão esta pergunta, pois poderia ser injusto com alguém.

14. Em geral, quais são as maiores qualidades e defeitos de um pesquisador?
A maior qualidade que ocorre com a grande maioria é o poder de se agregar e se tornar um grande amigo. O defeito é se achar esperto, mas este para mim não é considerado pesquisador.

15. Que sugestões você daria para todo pesquisador com a finalidade de facilitar as pesquisas?

Ajudar a quem solicita algum material, mas sem dúvida antes perguntar aos demais amigos se conhece o solicitante.

16. Qual seu time do coração? Você faz ou fez pesquisas relacionadas a ele? Mantém contato com outros pesquisadores especializados em seu time do coração? Como é a sua convivência com estes?
Meus times de coração são a Portuguesa Santista e o São Paulo. Do São Paulo as pesquisas sobre ele são amplas, mas da Portuguesinha acho que sou único.

17. Quais suas sugestões e expectativas em relação às pesquisas em seu Estado? Acha que é possível reunir os pesquisadores regularmente em encontros de confraternização?
Seria uma ótima ideia reunir periodicamente o pessoal. Sei que no Rio Grande do Sul existe uma reunião entre vários pesquisadores. Aqui em São Paulo isto ainda não vingou, mas quem sabe num futuro próximo.

18. Você já publicou algum livro, monografia, CD ou DVD relacionados ao futebol? Tem algum trabalho no “forno”?
Publiquei alguma coisa de forma bem artesanal, sem a qualidade gráfica das grandes publicações. No “forno” tenho vários materiais, mas o problema é o interesse do público e a vendagem do material.

19. Você participa de algum blog ou site especializado em pesquisas sobre o futebol?
Participo do RSSSF Brasil, do História do Futebol e do Arquivos do Futebol Brasileiro. Mas mando material a todos que me pedem dos mais diversos blogs e sites, que não saberia enumerar.

20. Quais são seus projetos de pesquisas para o futuro?
Com estes jornais disponibilizados on-line, estou tentando pesquisar as divisões de acesso do futebol paulista das décadas de 10, 20 e 30.

21. Na sua opinião, qual foi o melhor pesquisador que já tivemos em nossa história?
Para mim, o meu grande inspirador foi o saudoso Mauro Pinheiro, de São Paulo (SP).

22. Um sonho que você ainda não realizou em suas pesquisas.
O meu sonho é a disponibilização on-line do acervo da Gazeta Esportiva, que seria uma fonte inesgotável de informações. Dizem que isto ocorrerá em breve.

23. Finalizando, deixe o seu recado ou impressões sobre as pesquisas, sobre o blog e também sobre outro tema qualquer.
Falo aos pesquisadores que este nosso trabalho não é reconhecido, mas serve como satisfação pessoal e por fazermos amizades duradouras. A minha amizade com o criador deste blog, apesar de nunca nos conhecermos pessoalmente, já passou dos 30 anos !!!

sábado, 23 de março de 2013

JUNTANDO AS PEÇAS: OS CAMPEÕES COM 100% DE APROVEITAMENTO

 
 
 
 
Já faz um bom tempo que ganhei de presente do amigo Érico Dadalto Moulin, de Vitória (ES), o livro “Esporte Memória nº 3 – Clubes de Futebol”, da Secretaria Municipal de Esportes de Vitória. Nele, uma afirmação me chamou a atenção, a qual passo a dividir com os amigos pesquisadores, em busca de outras informações.
Na página 33 do livro está escrito a respeito do Santo Antônio: “dono de um título inédito, única agremiação campeã de futebol com zero ponto perdido” (ou seja, com 100% de aproveitamento).
De imediato efetuei algumas pesquisas nos livros ao meu alcance e encontrei:
1. Primeiro campeonato paranaense, em 1915, conquistado pelo Internacional, que venceu os dez jogos que disputou;
2. Campeonato Paulista de 1926, versão APEA, vencido pelo Palestra Itália: 9 jogos, 9 vitórias;
3. Campeonato Paulista de 1929, vencido pelo Corinthians, com sete vitórias em igual número de jogos;
4. Campeonato Paulista de 1932, título do Palestra Itália, com 11 vitórias em 11 jogos.
5. O campeonato carioca da Liga Metropolitana de Sports Athleticos de 1911 foi disputado por quatro clubes em turno e returno: Fluminense, Paysandu, Rio Cricket e América (o Botafogo retirou-se da Liga). O Fluminense venceu os seis jogos que disputou, assinalando 21 gols e sofrendo apenas um.
6. O Paysandu, de Belém (PA), venceu os seis jogos dos dois turnos do campeonato paraense de 1942, marcando 21 gols e sofrendo 6. Um dos destaques foi a goleada sobre o Clube do Remo, por 5 x 0.
Júlio Bovi Diogo, de Santos (SP), encontrou o Nacional, de Manaus (AM), que conquistou o campeonato amazonense de 1974 após a realização de 10 jogos. Foram 10 vitórias, 27 gols a favor e apenas 3 contra.
O pesquisador cearense Nirez de Azevedo Filho contribuiu com duas campanhas sem pontos perdidos ocorridas no Ceará. Em 1941, o Ceará foi campeão depois de vencer os seis jogos que disputou, massacrando seus adversários: 9 x 1 Peñarol, 3 x 1 Tramways, 8 x 0 América, 3 x 1 Maguari, 4 x 0 Fortaleza e 10 x 1 Ferroviário. Três anos depois, em 1944, foi a vez do Maguari, que foi campeão invicto, com nove vitórias em nove jogos disputados, também com muitas goleadas: 8 x 3 Luso, 8 x 0 Peñarol, 6 x 1 Fortaleza, 7 x 1 Ferroviário, 6 x 4 Ceará, 2 x 1 Ceará, 6 x 1 Ferroviário, 3 x 0 Fortaleza e 4 x 0 Luso.
Os pesquisadores gaúchos José Luiz Tavares Maciel e César Freitas lembraram que, em 1974, o Internacional, de Porto Alegre, disputou 36 pontos e 18 jogos pelo campeonato gaúcho e ganhou tudo, sagrando-se hexacampeão do Rio Grande do Sul. Os nove adversários do Internacional foram: Atlético, Caxias, Encantado, Esportivo, Gaúcho, Grêmio, Internacional (Santa Maria), Santa Cruz e Ypiranga.
E aí, algum amigo pesquisador lembra de mais alguma outra conquista sem pontos perdidos? Se lembra, favor mencionar nos “Comentários” dessa postagem.

quinta-feira, 21 de março de 2013

PESQUISANDO NO CÉU: Alfredo Sampaio

 
 
Alfredo de Sousa Sampaio nasceu em Quixadá (CE), no ano de 1926.
Foi um dos maiores pesquisadores da história do futebol nacional. Era um dos mais conceituados conhecedores do futebol cearense. Detinha um arquivo atualizado e organizado.
Por muitos anos seu arquivo serviu como fonte de pesquisa para jornalistas, radialistas, torcedores e curiosos em geral.
Foi em 1938 que o futebol nasceu para Alfredo Sampaio. Ouviu falar numa tal Copa do Mundo que se realizava na França, com a participação do Brasil. Quase não acompanhou nada desse certame pois em Quixadá, naquela época, só havia dois rádios: um na casa do Vigário e outro na residência de Antônio Onofre, um simpático português proprietário da Padaria Estrela do Norte.
Não precisa dizer que os rádios eram alimentados por baterias, pois a iluminação elétrica da cidade era só de 18 às 22 horas.
Ele ficava sabendo dos resultados no dia seguinte, através dos jornais que chegavam pelo trem da Rede de Viação Cearense. Mesmo assim, procurou entender e começou a anotar os resultados num caderninho, e cortando sempre as fotos dos jogadores que esporadicamente eram publicadas nos jornais Gazeta, Correio e O Povo.
Passou a identificar os nossos maiores ases, nunca imaginou que algum dia viesse a conhecer alguns deles.
Depois da Copa passou a anotar tudo sobre futebol, a ler tudo e a comprar qualquer publicação sobre o assunto. Acompanhava o campeonato cearense e anotava os jogos do Sitiá, o primeiro time que existiu em Quixadá. Sitiá é o nome de um pequeno rio que passa na cidade, afluente do famoso açude do Cedro.
Foi aí que nasceu seu arquivo esportivo. E, de 1938 até a data de sua morte (em 3 de janeiro de 2005), nunca parou de ler, colecionar e anotar as coisas do futebol brasileiro e cearense, em particular.
Na capital, Fortaleza, a partir de 1941, quanto tinha 15 anos, a coisa tornou-se mais fácil e depois que se tornou radialista, melhor ainda.
Em 1941 assistiu ao seu primeiro jogo, entre as seleções do Ceará e Rio Grande do Norte, pelo Campeonato Brasileiro.
A partir de 1943, entrou para o antigo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (hoje absorvido pelo INSS), mediante concurso.
Em 1945, ingressou no Vargas Filho Atlético Clube, cuja turma se reunia na praça da Escola Normal, próxima de onde morava. Aí entrou de corpo e alma no esporte: como um dos dirigentes do clube, fez do Vargas Filho uma de suas paixões. Gastava dinheiro do seu próprio bolso para sustentar o time. Tudo isso sem abandonar o arquivo.
Conheceu os grandes dirigentes do futebol cearense da época e a turma da imprensa. Em 1946 entrou, pela primeira vez, na sede da antiga Federação Cearense de Desportos, onde assistia às reuniões semanais, sem faltar aos jogos no Presidente Vargas. Queria saber de tudo, ver tudo e conhecer todos. No começo, subia uma escada muito íngreme e ficava em pé, no seu último degrau assistindo às reuniões. Aos poucos foi ficando conhecido até que mandaram ele entrar e ocupar uma das cadeiras vazias.
Alfredo participou de um programa que fez sucesso na radiofonia cearense, “O Céu é o Limite”, em que ele participava respondendo a perguntas sobre tudo que dizia respeito ao futebol. Estava bem e já caminhava para ganhar um grande prêmio em dinheiro, quando resolveu desistir para embolsar o que já havia garantido e assim colaborar ainda mais com o Vargas Filho.
Com pouco tempo, chegou à presidência do Vargas Filho, tendo levado o mesmo ao título da Segunda Divisão. Logo depois, foi eleito Secretário do Departamento Autônomo da Segunda Divisão. Encerrou sua colaboração junto à Federação no ano de 1956.
Nesse ambiente, sempre fez muitas amizades e entre elas estava o Afrânio Peixoto, um dos fundadores e dirigentes do 24 de Maio F. C., onde jogavam muitos amigos.
Afrânio já era do rádio e dirigia o Departamento Esportivo da pioneira Ceará Rádio Clube. No programa esportivo “Rádio Esportes Atlantic” havia uma seção semanal intitulada “Posta Restante”, que respondia as cartas enviadas pelos ouvintes, fazendo perguntas e indagações diversas sobre o futebol.
Como o Afrânio sabia da existência do arquivo de Alfredo, sempre levava algumas cartas com perguntas mais difíceis para que ele respondesse. Alfredo escrevia as respostas atrás dos envelopes e os devolvia.
Certo dia, Afrânio convidou Alfredo para trabalhar com ele, quando passaria a fazer o “Posta Restante” e mais outras matérias. Disse-lhe que por algum tempo ele não iria ganhar nada. Seria uma espécie de “estagiário”, mas que, posteriormente, dependendo do seu aproveitamento, passaria a receber uma gratificação, o que realmente aconteceu. Passou a ser funcionário da Rádio a partir de junho de 1954, por ocasião da Copa do Mundo na Suíça.
Na Ceará Rádio Clube Alfredo Sampaio se tornou o primeiro plantonista esportivo do rádio cearense.
E lá ficou até 1956, quando o mesmo Afrânio o levou para a Rádio Uirapuru, onde teve início um novo ciclo em sua vida no rádio esportivo de Fortaleza.
Em 13 de maio de 1959, fez parte da equipe da rádio que transmitiu o jogo Brasil 2 x 0 Inglaterra, diretamente do Maracanã. Fez às vezes de repórter de pista, dando as informações complementares, mesmo da cabine.
Na rádio Uirapuru trabalhou ao lado de Júlio Sales, Lúcio Sátiro, Cid Carvalho e outros. Quando passou a comandar o departamento de esportes da rádio, deu chances a muita gente de se iniciar no rádio. O programa “As Últimas do Esporte", apresentado por Júlio Sales, foi criação dele.
Foi Alfredo Sampaio que criou o slogan “A Casa do Esporte” para a rádio Uirapuru.
Com justificada razão, ganhou o epíteto de “Enciclopédia do Futebol Cearense”. Segundo depoimento dos próprios companheiros de profissão, Alfredo sabia tudo sobre o futebol cearense e brasileiro.
Convidado por Aécio de Borba fez parte da primeira diretoria da Confederação Brasileira de Futebol de Salão e para ali levou toda sua experiência de homem organizado, respeitado e sério. Sua sala era um primor, com tudo em seu devido lugar. Extremamente organizado.
Torcia pelo Fluminense, no Rio de Janeiro, e pelo Fortaleza, no Ceará. Chegou a participar de diretorias do tricolor cearense.

HOMENAGENS

No dia 24 de setembro de 2007, às 19:30 horas, no Plenário Fausto Arruda, da Câmara Municipal de Fortaleza, foi entregue (post mortem) a Medalha Ayrton Senna ao saudoso pesquisador, cronista a dirigente esportivo Alfredo Sampaio, tido como a enciclopédia do futebol cearense. Coube ao locutor Júlio Sales fazer a apresentação do homenageado e falar sobre o livro "O Futebol Cearense - Retalhos Históricos", de Alfredo Sampaio.
A homenagem foi requerida pelo vereador Guilherme Sampaio (PT), líder da prefeita de Fortaleza, Luizianne de Oliveira Lins.

No dia 13 de setembro de 2011, a Prefeitura de Fortaleza inaugurou três novos espaços no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza: a Sala de Imprensa, a Calçada dos Craques e a Tribuna de Imprensa. Esta última, recebeu o nome de Alfredo de Sousa Sampaio.

O ANUÁRIO DO FUTEBOL PAULISTA - 1931

ANUÁRIO
DO
FUTEBOL
PAULISTA
 
 
1931
 
Amigos pesquisadores apaixonados pela história de nosso futebol.
O pesquisador Júlio Bovi Diogo, de Santos (SP), está disponibilizando em e-book a obra chamada “ANUÁRIO DO FUTEBOL PAULISTA 1931”.
É um pequeno trabalho de 31 páginas que contém todas as datas, resultados e classificações dos campeonatos organizados pela A.P.E.A. em 1931 (Divisão Principal, 1ª Divisão, 2ª Divisão, Divisão Municipal e Divisão do Interior).
Os interessados em adquirir este material favor entrar em contato pelo e-mail
juliodiogo@litoral.com.br
.
O valor deste trabalho é de R$ 10,00.
Em breve serão lançados outros anuários neste formato.

segunda-feira, 18 de março de 2013

O CENTRO DE ESTUDO E PESQUISA DO FUTEBOL PERNAMBUCANO


Ato de inauguração


No ano passado, mais precisamente no dia 27 de novembro de 2012, a Federação Pernambucana de Futebol inaugurou o Centro de Estudo e Pesquisa do Futebol Pernambucano e Biblioteca Nelson Rodrigues, a primeira do Estado com o futebol como tema central.
Um vasto acervo sobre a história do esporte está à disposição do público: são mais de 700 títulos, entre livros, folhetos, documentos e revistas especializadas (nacionais e internacionais), além de símbolos de equipes de todo o mundo (como flâmulas e pins) e informativos da FIFA, Conmebol e CBF.
Agora é possível reviver os títulos, relembrar os ídolos e estudar a evolução do futebol no campo e fora dele.
No evento de inauguração, a FPF promoveu o colóquio Tributo a Nelson Rodrigues, com palestras do ex-ministro Gustavo Krause, do psicólogo Sylvio Ferreira, do economista Alfredo Bertini, do autor Roberto Vieira e do preparador físico e professor Edvaldo Tacão.
O nome da biblioteca é uma homenagem da Federação Pernambucana de Futebol ao jornalista e escritor pernambucano Nelson Rodrigues, que nasceu em Recife, no dia 23 de agosto de 1912, e completaria 100 anos em 2012.
Às 16h30 de 27 de novembro de 2011, o presidente da entidade máxima do futebol em Pernambuco, Evandro Carvalho, recebeu os convidados na sede da FPF para a abertura oficial do centro. Em seguida, os convidados participaram de um coquetel comemorativo. 
 

No centro, nosso amigo Carlos Celso Cordeiro


Com a disponibilização do material do novo centro, a FPF quer contribuir com a pesquisa de jornalistas, escritores e pesquisadores do futebol pernambucano. Nomes que são referência no assunto, como Lenivaldo Aragão, Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira, Roberto Vieira, Edgar Mattos, Fernando Menezes, Haroldo Praça, Hélio Pinto e Givanildo Alves, também serão imortalizados no espaço, em galeria de honra exposta para os visitantes.

História do Futebol em Pernambuco

O centro funcionará na sede da FPF, localizada na rua Dom Bosco, no bairro da Boa Vista, área central de Recife.
Está disponível para jornalistas, pesquisadores, estudantes e torcedores em geral. Na campanha de doação foram arrecadados mais de 200 exemplares de livros e revistas.
 
Muitas opções para os pesquisadores

Um dos homenageados do centro de estudo é o jornalista Lenivaldo Aragão. “Em qualquer atividade onde as gerações de renovam muito rápido, a memória tem que ser mantida e isso é uma grande prestação de serviço da Federação”, disse. “Como pesquisador, eu sei da necessidade de se preservar essas obras. Inclusive, doei todos os exemplares da revista Placar, no período em que trabalhei lá, que contém matérias sobre Pernambuco. Se eu precisar, venho aqui e leio”, contou.
 
Nelson Rodrigues Filho ao centro

Nelson Rodrigues Filho prestigiou a inauguração da biblioteca que leva o nome do seu pai.
“Futebol é cultura e no Brasil não dá para falar em cultura sem citar o futebol. Estão muito interligados", disse Nelson Rodrigues Filho, convidado de honra que abrilhantou a inauguração da biblioteca.
A lista de títulos ganhou mais duas obras, cedidas pelo próprio Nelson Rodrigues Filho: A Pátria em Chuteiras e O Profeta Tricolor, ambas de autoria do seu pai.
No evento, Evandro Carvalho, também apresentou a nova Galeria de Honra da FPF homenageando todos os presidentes da história da entidade.
O espaço é aberto ao público e abre às 14h, de segunda à sexta-feira.

Alguns vídeos sobre a biblioteca:

http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-esporte-pe/v/fpf-inaugura-biblioteca-voltada-para-o-futebol/2265830/


sábado, 16 de março de 2013

BATE-BOLA COM O PESQUISADOR: LAUTHENAY PERDIGÃO

 


01. Qual seu nome completo, seu apelido (se tiver) e onde e quando nasceu?
Lauthenay Perdigão do Carmo. Os amigos me chamam de Lau. Nasci em Maceió, Alagoas, no dia 27 de agosto de 1934.

02. Com que idade você começou a juntar material relacionado ao futebol e a desenvolver pesquisas sobre o tema “futebol”?
Em 1947. Comprava uma revista do Rio de Janeiro, Esporte Ilustrado. As pesquisas nos jornais do Instituto Histórico e Geográfico começaram no início dos anos sessenta quando saí da Rádio Progresso (onde comecei) e me transferi para a Rádio Gazeta de Alagoas para dirigir a equipe de esportes da emissora.

03. O que faz atualmente em sua vida profissional? Sua profissão está relacionada às pesquisas sobre o futebol? Quanto tempo está na atual profissão? O que fazia antes?
Não sou profissional. Fui profissional como bancário durante 34 anos (Banco do Nordeste do Brasil), de onde estou aposentado desde 1993. Mesmo quando passei trinta anos nas emissoras de rádio e mais de quarenta colaborando com os principais jornais da cidade, não era profissional. Continuo colaborando com os jornais. Sempre que precisam escrevo alguma coisa sobre os esportes.


 

Antes, joguei futebol no CSA por três anos (início dos anos 50). Fui bancário e cronista esportivo. Hoje tenho um Museu dos Esportes que fica no andar térreo do Estádio Rei Pelé, em Maceió. É um museu particular, onde todo acervo me pertence. O local foi cedido pelo governo estadual por 20 anos (completará em agosto deste ano) e já estamos providenciando a sua prorrogação.

04. Alguém o incentivou a começar as pesquisas? Lembra quando foi e de que forma? O que o levou a iniciar as pesquisas?
Em 1957 quando comecei a escrever para o Jornal – Diário de Alagoas – senti que a imprensa não falava dos antigos jogadores e dos grandes jogos do passado. Enfim, era tudo sobre o futebol da época. Comecei a procurar e contar a história de antigos craques. No ano seguinte ingressei na Rádio Progresso como foca e três meses depois me entregaram a direção do departamento esportivo da emissora. Comecei a gravar e fazer programas com os ex-craques. No início dos anos 60 fui para a Rádio Gazeta, dirigir o seu departamento de esporte. Preparei um programa que passou mais de trinta anos em algumas emissoras – O Esporte em Grande Estilo – uma hora de programa, com gols antigos, entrevistas, músicas sobre futebol, enfim, tudo relacionado a histórias do futebol do passado. Também fui para o Jornal Gazeta de Alagoas. Iniciei uma coluna que também ficou nos jornais por quase quarenta anos.

05. Qual a maior satisfação que as pesquisas lhe proporcionam ou proporcionaram?
Ter o reconhecimento de todos pelo trabalho que continuo realizando através do Museu dos Esportes. Ter o carinho dos velhos craques do passado e dos torcedores que nos procuram no Museu para saber histórias. De seus pais ou avós.
O próprio Governo do Estado e do Município reconhecem esse trabalho e estão sempre me prestando homenagens. É preciso saber respeitar a todos para ter o respeito de todos.


 
 
06. O que representa as pesquisas para você? É um hobby apenas? Quanto tempo de sua semana você dedica às pesquisas? Você é daqueles que regularmente vão até as bibliotecas? Sua família apoia você?
Já pesquisei durante muitos anos. Eram pesquisas para escrever os quatro livros que foram publicados, escrever para os jornais e guardar em nossos arquivos, agora no Museu dos Esportes. Hoje já não pesquiso mais. Apenas guardo as boas e importantes reportagens que são publicadas nos jornais, gravo reportagens na TV e continuo fazendo os depoimentos com jogadores, árbitros, atletas do esporte amador e até de alguns dirigentes.
Minha família sempre me apoiou. Graças a Deus. Minhas netas e filhas sempre ajudam. Quando viajam trazem coisas relacionadas ao esporte.

07. Quais foram as suas maiores alegrias na “carreira” de pesquisador? E as maiores tristezas ou decepções?
Reparar um erro da Federação e mudar a história 48 anos depois. Pesquisamos e mostramos que o ASA, de Arapiraca, tinha sido campeão alagoano de 1953. Complemento da resposta na pergunta número 10.

08. Qual(is) a(s) pesquisa(s) que você fez e chamaria de inesquecível(is)?
Aquelas que trouxeram para a nova geração a história de dois jogos que ficaram famosos no futebol alagoano. Entrevistamos jogadores e árbitros da época que ainda estavam vivos e contaram a história que somente os antigos sabiam: 1938, CRB 6 x 0 CSA, o Jogo da Sofia. A maior goleada no clássico até hoje. As entrevistas começaram a partir de 1962 quando comecei a fazer o programa – O Esporte em Grande Estilo.
Em 1952, CSA 4 x 0 CRB. Também entrevistei os personagens do jogo. Inclusive o técnico do CSA, Alfredo Ramiro Bastos, afirmou que o CSA não fez mais de seis gols porque não conhecia a história do jogo da Sofia.

09. E qual a sua pior pesquisa, aquela que você não gostaria de lembrar?
Quase sempre acontecem coisas boas comigo. Sempre digo que sou uma pessoa iluminada. Na família e no esporte. Por isso, as coisas ruins nem me lembro.

10. Descreva um fato pitoresco presenciado por você acontecido durante as pesquisas em bibliotecas, centros de documentação ou outros.
Alguns torcedores antigos do ASA, de Arapiraca, me informaram que o ASA tinha sido campeão alagoano em 1953. Na lista dos campeões fornecida pela Federação o campeão era o Ferroviário. Me juntei com um amigo meu que é torcedor fanático do ASA e resolvemos desvendar o mistério. Começamos a pesquisar a partir do ano de 1953. Encontramos a reportagem que contava que o ASA tinha sido campeão do interior e o Ferroviário da Capital. Tinha que haver uma decisão entre os dois para se conhecer o campeão do Estado. Assim dizia o regulamento confirmado pelo cronista esportivo da época José Rodrigues de Gouveia que, na época, era diretor do campeonato do interior. As reportagens mostravam que o Ferroviário não quis disputar a melhor de três. A Federação não aceitava isso porque não havia em seus raros arquivos a informação que o ASA tinha sido campeão. Não desistimos. Pegamos o fotógrafo Walter Luiz e fomos mais uma vez ao Instituto Histórico. Lembrei-me que, na época, a Federação enviava para os jornais um boletim oficial informando os times campeões do ano no vôlei, basquete, futebol de salão e futebol de campo, na época todos amadores. Começamos a procurar bem devagar e achamos a informação num cantinho de uma página da Gazeta de Alagoas. Walter Luiz fez a foto e levamos para a Federação. Era a prova que eles queriam. Na nota a Federação – oficialmente – declarava o ASA campeão alagoano de 1953.

11. O que tira você do sério em relação à conduta de alguns pesquisadores?
Dos pesquisadores, nada. Não gosto quando alguns cronistas escrevem ou comentam coisas do passado por ouvir dizer. Não procuram saber se é verdade ou não. Ficam dando informações erradas e a geração de hoje acredita.
Dois exemplos de falta de conhecimento. Na revista Placar - Relação dos campeões alagoanos de futebol da primeira divisão. A lista era dos vencedores do Torneio Início.
Num almanaque com a biografia do jogador Canhoteiro, do São Paulo, a foto era do jogador Canhoteiro, que jogou no CSA.

12. Qual o local de pesquisa mais organizado que você já visitou?
O Instituto Histórico e Geográfico de Maceió.
 
 
 
 
 
 
13. E qual o arquivo particular mais interessante que você já teve a satisfação de poder visitar ou de saber de sua existência?
A casa do Airton Fontenelle, nosso colega de Fortaleza. Tem um belo arquivo.

14. Em geral, quais são as maiores qualidades e defeitos de um pesquisador?
Tudo depende de cada um. Alguns preferem ficar com seus arquivos somente para ele. A maior qualidade é ter paciência para pesquisar em locais nem sempre agradáveis e, muitas vezes, sem contar com a colaboração daqueles que poderiam ajudar.

15. Que sugestões você daria para todo pesquisador com a finalidade de facilitar as pesquisas?
Colaborar. Ninguém tem tudo ou sabe tudo. Não custa nada ajudar aos colegas que desejam um esclarecimento.

16. Qual seu time do coração? Você faz ou fez pesquisas relacionadas a ele? Mantém contato com outros pesquisadores especializados em seu time do coração? Como é a sua convivência com estes?
Torço pelo CSA e Vasco da Gama. Nas pesquisas sou imparcial. Sou fã de Ademir Menezes e Dida.

17. Quais suas sugestões e expectativas em relação às pesquisas em seu Estado? Acha que é possível reunir os pesquisadores regularmente em encontros de confraternização?
Pesquisar não é fácil. Precisa de tempo, paciência e colaboração nos locais onde se vai pesquisar. Para reunir pesquisadores regularmente é necessário contar com a colaboração do Estado ou Município. Esse é o problema.



 
 
18. Você já publicou algum livro, monografia, CD ou DVD relacionados ao futebol? Tem algum trabalho no “forno”?
Já escrevi quatro livros – A história do futebol alagoano através dos tempos (1970), Arquivos Implacáveis, A história do futebol alagoano (1982), Memória fotográfica do futebol alagoano (1984) e No Mundo da Bola (1987). Em 2011 publiquei uma segunda edição (atualizada) do livro Arquivos Implacáveis, A história do futebol alagoano.

19. Você participa de algum blog ou site especializado em pesquisas sobre o futebol?
Tenho um blog –
museudosesportes.blogspot.com. E uma página no facebook – facebook.com/lauthenay.carmo.

20. Quais são seus projetos de pesquisas para o futuro?
Não é verdadeiramente uma pesquisa. Já tenho todas as histórias. Falta arrumar. Pretendo escrever um novo livro – Contando histórias. Estou com 78 anos. Vamos ver se vai dar tempo.

21. Na sua opinião, qual foi o melhor pesquisador que já tivemos em nossa história?
Cada um na sua. Não existe melhor ou pior. Todos têm seus méritos. Como já disse, é difícil pesquisar. Precisa de tempo e paciência.

22. Um sonho que você ainda não realizou em suas pesquisas.
Enquanto estiver vivo estarei sempre sonhado. Eu nunca estarei realizado. Meu sonho é fazer um Museu dos meus sonhos. Hoje o Museu está melhor que ontem. Espero que amanhã esteja melhor que hoje.

23. Finalizando, deixe o seu recado ou impressões sobre as pesquisas, sobre o blog e também sobre outro tema qualquer.
Recado para os colegas? Continuem pesquisando. Procurem o que está faltando. Não desistam. Haverá alguns “não” e muitos “sim”. Se uma porta estiver fechada, outras estarão abertas. E colaborem com seus colegas.

sexta-feira, 15 de março de 2013

GRUPOS DE PESQUISAS: O GMPHCFB!

 
 
Nessa nova seção, a GRUPOS DE PESQUISAS, procuraremos falar um pouco dos vários grupos formados com a finalidade de incentivar as pesquisas relacionadas ao futebol.
Se você também tem um grupo de pesquisadores, mande seu histórico para o blog que teremos a maior satisfação em divulgar o seu trabalho.
O primeiro a ser abordado é o Grupo Multidisciplinar de Pesquisa em História e Culturas do Futebol Baiano, o GMPHCFB.

Da esquerda para a direita:
Luiz Fernando, Franklin, Luciano, Paulo Leandro, Alexandre e Alexandro

Aos nove dias do mês de julho de 2011, reuniram-se no pátio da Biblioteca Central do Estado da Bahia, situada no bairro dos Barris, em Salvador, para discutir a constituição de um grupo de estudos sobre o futebol baiano e tomar outras providências, os pesquisadores Alexandre Lima, Paulo Leandro, Alexandro Ribeiro, Luiz Fernando, Luciano Santos e Franklin Oliveira Jr., sendo o último indicado para a presidência da mesa dos trabalhos.
A pauta foi definida com dois pontos: apresentação dos membros e definição sobre os objetivos do grupo.
A mesa solicitou que os presentes, de forma rotativa, se apresentassem.
Alexandre Lima foi o primeiro a tomar a palavra, informando ter 34 anos, cursado História na Unijorge e ser estudante de Ciências Sociais da UFBA, cantor, compositor e pesquisador do futebol desde finais de 2008. Escreveu artigos nos sites História do Futebol e RSSSF Brasil. Trabalha atualmente com os resultados de jogos, artilheiros e certames baianos de 1905 até os dias atuais.
Pediu então a palavra Paulo Leandro para a sua apresentação. Afirmou ter 47 anos, ser jornalista de profissão desde 1984, em sua maioria dedicada ao jornalismo esportivo, onde fez reportagens, crônicas e edição, fundou o suplemento esportivo A Tarde Esporte Clube e é atualmente secretário de redação do jornal Correio da Bahia. Na área acadêmica, cursou o mestrado em comunicação e cultura contemporânea, onde defendeu dissertação sobre o perfil do jornalismo esportivo da Bahia, examinando inclusive a trajetória de Paulo Carneiro e Paulo Maracajá. Logo a seguir obteve doutorado no mesmo programa da UFBA sobre a história dos Ba-Vis.
Na ocasião, foi aparteado pelo integrante que dirigia a mesa, que observou se tratar da primeira tese de doutorado sobre futebol na Bahia e uma das primeiras do Brasil.
Retomando a palavra, Paulo Leandro informou seu currículo como professor universitário, onde lecionou matérias do curso de comunicação, como Redação e Jornalismo, Ética e Legislação, Metodologia da Pesquisa Científica, entre outras.
Usou a palavra, então, Alexandro Ribeiro, para informar que é engenheiro e tem 35 anos, que é torcedor de futebol desde os anos 80, sendo escritor do livro sobre o Barradão, em parceria com Luciano Santos, lançado em 2006, colunista do site Barradão on Line. É possuidor de um vasto acervo de informações sobre o futebol baiano, dedicando-se atualmente a atualizar estes dados.
Logo a seguir tomou a palavra Luciano Santos, que afirmou ter 44 anos, três filhos e ser economista, tendo sido antes gerente de banco e professor ginasial e universitário. Trabalha há dez anos na Essencial Tecnologia. É apreciador do futebol desde a mais tenra idade, se tornando fundador da Falange Rubronegra em 1999 e do Barradão on Line, momento em que foi aparteado por Luiz Fernando, que afirmou se tratar do primeiro site consistente sobre o futebol na Bahia. Retomou a palavra Luciano Santos para informar que fez curso de especialização em comunicação, com monografia sobre a participação do torcedor na internet intitulada “A importância dos sites na vida dos clubes”. Atualmente, cursa Arquivologia e escreve um livro infantil sobre a história do E. C. Vitória.
A palavra foi dada pela mesa então a Luiz Fernando, que informou ter 46 anos e ser torcedor de futebol desde os sete anos. Tornou-se pesquisador de futebol ao observar os constantes erros da imprensa passando a anotar as fichas de todos os jogos que assistia. Assim reuniu um acervo apreciável de informações de partidas realizadas na Bahia as quais juntou várias publicações esportivas que coleciona desde então. É ainda funcionário da Receita Federal e presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais.
Por último, a palavra foi usada por Franklin Oliveira Jr., que informou ter sido fundador do PT e da CUT, presidente do Sindicato dos Músicos, músico, historiador e escritor, tendo no terreno esportivo uma trajetória identificada com a Fonte Nova, onde fez shows musicais no Ginásio Antônio Balbino, e compareceu para apreciar os momentos memoráveis dos 60 anos do estádio.
Atualmente dirige um blog de sua criação empenhado em resgatar a memória do estádio.
Logo a seguir foi introduzido o segundo ponto da pauta, referente aos objetivos do grupo.
Na ocasião, ocorreram várias falações propondo tarefas para o mesmo, entre as quais, a colaboração com o Museu do Futebol que será construído na nova arena da Fonte Nova, um banco de dados sobre o futebol baiano, um livro coletivo, convênios com a UFBA e o governo do Estado e a criação de um grupo de pesquisa sobre o futebol baiano que funcionasse como um órgão de atuação junto às iniciativas pública e privada e fosse registrado no diretório nacional do CNPQ.
Apesar de todas as propostas serem consideradas importantes e deverem ser estudadas, os presentes concentraram-se na criação do referido grupo, definindo por sua criação e discutindo aspectos de seu encaminhamento, a exemplo do recrutamento de novos membros.
Foram ainda definidas as seguintes tarefas para o grupo: a) a elaboração da ata e do documento constitutivo do grupo (Franklin), a pesquisa e encaminhamento das providências para o seu reconhecimento pelo CNPQ (Paulo Leandro), os convites a Ubiratan (Alexandre), Daisy (Luciano), Mário Gomes (Alexandro), alguns estudantes e outros aficcionados e a ampliação para os estudos de gênero.
A próxima reunião do grupo ficou definida para duas semanas depois, entre os dias 23 e 30 de julho.
Nada mais havendo a tratar, foram tiradas fotos da reunião de constituição do grupo e a mesa deu por encerrada a reunião.

Salvador, 9 de julho de 2011.

Fonte: Correio da Bahia, 22.07.2011.

quarta-feira, 13 de março de 2013

BAZAR: LIVROS DO FUTEBOL PERNAMBUCANO




Título
Autor
Preço
1
Náutico – Retrospecto de Todos os Jogos - 1ª Parte: 1909 a 1969
Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro
10,00
2
Náutico – Retrospecto de Todos os Jogos - 2ª Parte: 1970 a 1984
Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro
30,00
3
Náutico – Retrospecto de Todos os Jogos - 3ª Parte: 1985 a 1999
Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro
30,00
4
Náutico – Retrospecto de Todos os Jogos - 2000 a 2009
Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro
30,00
5
Campeonato Pernambucano 1915 a 1970
Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro
30,00
6
Campeonato Pernambucano 1971 a 2000
Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro
10,00
7
Sport – Retrospecto - 1905 a 1959
Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro
10,00
8
Sport – Retrospecto - 1960 a 1979
Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro
10,00
9
Sport – Retrospecto - 1980 a 1999
Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro
30,00
10
Santa Cruz – Retrospecto - 1914 a 1959
Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro
10,00
11
Santa Cruz – Retrospecto - 1960 a 1979
Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro
30,00
12
Santa Cruz – Retrospecto - 1980 a 1999
Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro
30,00
13
Náutico – Grandes Goleadores - Kuki
Carlos Celso Cordeiro
10,00
14
Náutico – Grandes Goleadores - Bita
Carlos Celso Cordeiro
10,00
15
Náutico x Sport - O Clássico dos Clássicos - 100 anos de História
Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira e Roberto Vieira
10,00
16
Reis do Futebol em Pernambuco - TÉCNICOS
Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira e Roberto Vieira
30,00
17
Náutico – A História em Fotos
Carlos Celso Cordeiro
30,00


NOTAS:

1. Preços válidos buscando no endereço de Carlos Celso Cordeiro.
2. Livros com título impresso em vermelho: edição digital.
3. Livros com título impresso em preto: edição em papel.

CONTATOS:

e-mail: ccelsocordeiro@oi.com.br

Telefones:
(81) 3241-4839
(81) 8801-1143 (Tim)
(81) 8581-1943 (Oi)