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sexta-feira, 24 de maio de 2013

BATE-BOLA COM O PESQUISADOR: José Jorge Farah Neto



 
01. Qual seu nome completo, seu apelido (se tiver) e onde e quando nasceu?
José Jorge Farah Neto, mais conhecido como Jorge Farah, nascido em São Paulo Capital, no bairro do Ipiranga, tenho 55 anos, sou de 1957.

02. Com que idade você começou a juntar material relacionado ao futebol e a desenvolver pesquisas sobre o tema “futebol”?
Junto material de futebol desde que me entendo por gente, já de há muito tempo, porém minha grande paixão sempre foram jogos de botões e escudos de futebol.

03. O que faz atualmente em sua vida profissional? Sua profissão está relacionada às pesquisas sobre o futebol? Quanto tempo está na atual profissão? O que fazia antes?
Sou jornalista e gestor desportivo (administrador), sempre atuei na área de administração, porém desde 1995 me dedico mais a fundo as pesquisas de futebol, foi quando resolvi escrever um livro e iniciei o trabalho.

04. Alguém o incentivou a começar as pesquisas? Lembra quando foi e de que forma? O que o levou a iniciar as pesquisas?
Eu mesmo e a proximidade que tinha do futebol, por meu pai ser dirigente esportivo há muito tempo, além da paixão que eu tenho pelo futebol.

05. Qual a maior satisfação que as pesquisas lhe proporcionam ou proporcionaram?
O prazer de descobrir novos e velhos clubes que tem poucas informações. Hoje é muito fácil com o advento da internet, sou do tempo que ir a bibliotecas era fantástico, hoje está muito fácil.

06. O que representa as pesquisas para você? É um hobby apenas? Quanto tempo de sua semana você dedica às pesquisas? Você é daqueles que regularmente vão até as bibliotecas? Sua família apoia você?
Pesquisar é um prazer e também um hobby. Hoje devido a alguns problemas de ordem pessoal eu pesquiso pouco, perto do que já fiz na vida, ia muito às bibliotecas, porém, hoje prefiro procurar pessoas que possam me dar informações novas e diferentes daquelas que livros e jornais nos apresentam.

07. Quais foram as suas maiores alegrias na “carreira” de pesquisador? E as maiores tristezas ou decepções?
Maior alegria foi ver meu primeiro Almanaque pronto e vivo. Tristezas, poucas, tão poucas que nem me lembro.

08. Qual(is) a(s) pesquisa(s) que você fez e chamaria de inesquecível(is)?
O Almanaque do Futebol Paulista em todas as suas cinco edições.

09. E qual a sua pior pesquisa, aquela que você não gostaria de lembrar?
Francamente não tenho.

10. Descreva um fato pitoresco presenciado por você acontecido durante as pesquisas em bibliotecas, centros de documentação ou outros.
Quando viajei pelo interior do estado de São Paulo, para conseguir dados nunca descobertos sobre equipes da nossa “hinterlandia” foi uma alegria conhecer pessoas que nunca pensei que existissem, colecionadores das mais incríveis, coisas de futebol, informações fantásticas, além de conhecer muito do nosso rico interior. Um fato que eu diria pitoresco foi em uma cidade aonde entramos em uma fazenda e quase fomos presos, pois a segurança interna nos proibiu de fotografar e queriam inclusive pegar nossas máquinas. Estou falando do ano de 2000 não de 1960. Calcule vocês estar dentro de um local fotografando de repente os seguranças pedem que você saia e deixe o filme de sua câmera fotográfica, ridículo, mas no fim deu tudo certo e as fotos estão comigo ate hoje, não vou citar a cidade nem o local para evitar problemas rsrsrs.

11. O que tira você do sério em relação à conduta de alguns pesquisadores?
Copiar infelizmente muitos copiam tudo que veem dos outros, detesto isto, quer a informação vá buscar, seja ético, isto me irrita muito.

12. Qual o local de pesquisa mais organizado que você já visitou?
Diversos, bibliotecas, arquivos de jornais, o arquivo da Gazeta Esportiva estava muito bom quando estive lá, do Estadão, e outros que nem me lembro o nome agora.

13. E qual o arquivo particular mais interessante que você já teve a satisfação de poder visitar ou de saber de sua existência?
O arquivo particular do saudoso querido amigo Delphim da Rocha Neto, fantástico tive tudo aquilo em minhas mãos e ainda ouvi dele que se não tivesse já doado a Universidade de Piracicaba teria doado a mim, nossa me senti orgulhosíssimo.

14. Em geral, quais são as maiores qualidades e defeitos de um pesquisador?
Gostar do que faz é fundamental, fazer por fazer é terrível, aprecio muito aqueles que buscam sempre estes tem valor demais.

15. Que sugestões você daria para todo pesquisador com a finalidade de facilitar as pesquisas?
Não tenha medo de perguntar, ponto número um. Pense muito antes de questionar alguém e pesquise sempre antes de se aprofundar em questionamentos. Não fale de assuntos que não domina ou não tente mostrar que sabe mais que a pessoa que entrevista, seja humilde para ouvir, discuta quando tem certeza do assunto. Seja você mesmo.


16. Qual seu time do coração? Você faz ou fez pesquisas relacionadas a ele? Mantém contato com outros pesquisadores especializados em seu time do coração? Como é a sua convivência com estes?
O meu time do coração é o Guarani Futebol Clube, fazer o que né! Em 1964, fui assistir Guarani x Santos, no Brinco de Ouro da Princesa, com meu pai. Fui ver o Santos de Pelé, a equipe do Santos havia voltado de uma excursão naquela manhã e pediu para adiar a partida mas, sabe como é, lógico que a diretoria da equipe do Guarani não aceitou. E fomos para o jogo. Resultado final: Guarani 5 x 1 Santos, com Pelé e tudo, adivinha o que o garotinho de 7 anos fez: começou uma paixão que dura até hoje pelo Bugre, sofro mas amo meu time. Já fiz algumas pesquisas sim, e procuro auxiliar aqueles que pesquisam sobre ele, tenho excelente relacionamento com a maioria deles.

17. Quais suas sugestões e expectativas em relação às pesquisas em seu Estado? Acha que é possível reunir os pesquisadores regularmente em encontros de confraternização?
Tem muito ainda a se descobrir sobre o futebol paulista principalmente a fase de amadorismo. Seria ótimo que nos reuníssemos e trocássemos informações com maior frequência, tenho muito ainda a descobrir e garanto que não vou parar.

18. Você já publicou algum livro, monografia, CD ou DVD relacionados ao futebol? Tem algum trabalho no “forno”?
Como já disse antes, criei e escrevi como coautor cinco edições do Almanaque do Futebol Paulista, tido como referência do futebol paulista. Tenho diversos trabalhos, porém, sem patrocínio infelizmente fica difícil publicar.

19. Você participa de algum blog ou site especializado em pesquisas sobre o futebol?
Participo, dentro do possível, do RSSSF, Blog História do Futebol e principalmente sou editor do site de futebol de mesa
www.futeboldemesanews.com.br além de também editar o site da Federação Paulista de Futebol de Mesa o www.futmesa.com.br pois sou presidente da Federação desde 2007.

20. Quais são seus projetos de pesquisas para o futuro?
Continuar a pesquisar futebol sempre e também a pesquisa sobre o futebol de mesa que muito me agrada.

21. Em sua opinião, qual foi o melhor pesquisador que já tivemos em nossa história?
Delphim da Rocha Neto, inigualável.

22. Um sonho que você ainda não realizou em suas pesquisas.
Pretendo ainda terminar as pesquisas sobre a história do futebol de mesa, que merece todo o nosso interesse por ser um esporte brasileiro.

23. Finalizando, deixe o seu recado ou impressões sobre as pesquisas, sobre o blog e também sobre outro tema qualquer.
José Ricardo dispensa comentários. É um apaixonado por pesquisa e um grande amigo, e além do que um botonista. Sou apaixonado por tudo que ele escreve, e procuro sempre ler suas matérias, seu blog é atual e principalmente informativo.

CONTATOS COM O JORGE FARAH:
e-mail – zefarah@uol.com.br ou futmesa@futmesa.com.br ou king@futeboldemesanews.com.br
Telefones – 11 98579-5777




terça-feira, 7 de maio de 2013

BATE-BOLA COM O PESQUISADOR: JÚLIO CÉSAR GOMES DE OLIVEIRA


 
01. Qual seu nome completo, seu apelido (se tiver) e onde e quando nasceu?
Sou Júlio César Gomes de Oliveira, nasci em 15 de julho de 1973, em Maceió, no Estado de Alagoas, mas sou filho adotivo de Campina Grande e da Paraíba!

02. Com que idade você começou a juntar material relacionado ao futebol e a desenvolver pesquisas sobre o tema “futebol”?
Em 1990 dei início às minhas aquisições. No princípio, apenas por hobby e pelo futebol de mesa. Meu pontapé foi com a tradicional Revista Placar, porém meu foco era sempre as revistas especiais. Permaneci fiel à publicação até por volta de 1998. O motivo para o abandono foi simples: percebi que havia pouca coisa sobre o futebol nordestino e praticamente nada sobre o futebol paraibano. Atualmente ainda adquiro os exemplares especiais, mas já não dou tanta ênfase como antes. Nada contra, mas quando você amadurece um pouco você fica mais seletivo para as coisas de sua região!

03. O que faz atualmente em sua vida profissional? Sua profissão está relacionada às pesquisas sobre o futebol? Quanto tempo está na atual profissão? O que fazia antes?
Atualmente sou autônomo, cedendo meus serviços, experiência e consultoria em jornalismo e na área de designer de impressos para empresas. E minha profissão tem de certa maneira algo relacionada às pesquisas sobre futebol, afinal, poucos são os jornalistas que não tem interesse num bom papo de bola. Na autonomia estou a pouco mais de um ano e antes exerci por 11 anos várias funções dentro do jornalismo impresso. Trabalhei o extinto Diário da Borborema e por lá, devido a estrutura do jornal, você necessitava ser “plurifuncional”.

04. Alguém o incentivou a começar as pesquisas? Lembra quando foi e de que forma? O que o levou a iniciar as pesquisas?
Na verdade, a iniciativa partiu de uma necessidade que percebi durante a época que cursava jornalismo. Fui fazer uma matéria sobre futebol local e percebi uma falta completa de informações precisas. Havia muita história sem nexo e pouca gente sabia algo sobre o futebol paraibano. Existiam muitas contradições e material literário muito escasso. Aquilo atiçou minha curiosidade e como eu já estava um pouco rebelado quando ao futebol do eixo sul/sudeste, acabei indo mais além, isto por volta de 1998. Mas foi somente em 2001 que foquei no futebol da Paraíba!

05. Qual a maior satisfação que as pesquisas lhe proporcionam ou proporcionaram?
A descoberta! Não existe satisfação maior para um pesquisador de futebol do que encontrar algo que contradiz uma verdade dita, ou, desconstrói uma realidade dada como certa. Sinto-me como um arqueólogo encontrando uma peça rara, ou um aventureiro que encontra um tesouro perdido. Isto é o que instiga a avançar e não parar no caminho!

06. O que representa as pesquisas para você? É um hobby apenas? Quanto tempo de sua semana você dedica às pesquisas? Você é daqueles que regularmente vão até as bibliotecas? Sua família apoia você?
Para mim as pesquisas representam uma oportunidade de esclarecer fatos que infelizmente foram esquecidos com o passar dos anos. Tenho grandes colegas historiadores de formação acadêmica e por eles tenho um grande respeito. Sou reconhecedor de graduações e por isto não gosto muito de ser taxado de historiador, prefiro me considerar um curioso de história. Pesquisar é muito mais um hobby e talvez por isto, não me sinta obrigado a seguir a rigidez que a pesquisa em história necessita. Acho que desta forma, tudo flui bem.
Nestes dias, dei uma pausa nas pesquisas para me centrar mais no trabalho extracampo, mas quando o tempo me permite chego a me dedicar 15 horas por semana.
Um bom pesquisador é na verdade uma grande traça ambulante, bibliotecas são parte obrigatória do roteiro e meus familiares me apoiam e isto é que me dar mais incentivo, pois para mim, já há um ambiente positivo para isto. Às vezes, há reclamações quanto aos gastos financeiros, mas, faz parte!  


07. Quais foram as suas maiores alegrias na “carreira” de pesquisador? E as maiores tristezas ou decepções?
Olha, a maior alegria é com certeza quando você encerra um ciclo de pesquisas, principalmente se aquele ciclo for bastante trabalhoso. Tristeza é quando você esbarra em algo que literalmente para sua caminhada por falta de fontes. Decepção é quando não há compreensão a cerca do que você está fazendo, há muita gente que acredita que você vai enriquecer com isto, ou simplesmente atrapalham seu trajeto por pura vaidade. Infelizmente é o ser humano!

08. Qual(is) a(s) pesquisa(s) que você fez e chamaria de inesquecível(is)?
Não há comigo uma específica, para mim todas são inesquecíveis. É claro que as que mais marcam são sempre aquelas que elucidam algum fato, exterminando mitos e estabelecendo a razão histórica!

09. E qual a sua pior pesquisa, aquela que você não gostaria de lembrar?
Nossa, cheguei a ficar quatro anos parado numa tabela por falta de 2 resultados. Busquei todas as fontes e nada. Isto me chateava bastante, afinal, daquela década restavam apenas esses dois resultados para fechar o ciclo. Meu dilema chegou ao fim por puro acaso quando estava lendo uma revista de variedades dos anos 30 que não tinha nada a ver com futebol. Peguei a revista apenas por curiosidade, pois falava da passagem do Zeppelin sobre a Paraíba e quis ler. Páginas a diante... Surpresa! Uma ampla matéria sobre o campeão daquela temporada. Foram as três páginas mais lindas que já vi numa revista (risos), pois trazia não somente tudo sobre o campeão, mas, os resultados do campeonato inteiro. Não me contive e mesmo num setor silencioso escapou de mim um uuuuuhhuuuu!

10. Descreva um fato pitoresco presenciado por você acontecido durante as pesquisas em bibliotecas, centros de documentação ou outros.
Uma vez entrei numa biblioteca e lá existia um mito sobre um fantasma de um vigilante que morreu há anos. O setor era bastante evitado porque o ambiente era coisa de filme de terror mesmo (risos). Estava lá pesquisando e no mesmo setor havia uma moça. A história sobre o fantasma era bastante conhecida no local, tanto que a própria moça me falava sobre isto, enquanto dividia a pesquisa comigo.
Dada certa hora, do nada um livro caiu sozinho da estante. Foi um baita susto. Minutos depois caiu outro, depois mais um. Neste momento a moça já estava tensa. A queda do quarto livro foi a gota d’água para ela que encerrou a pesquisa e, desconfiada, saiu do setor. Era notável o medo nos seus olhos. Quando o quinto livro caiu, aí foi minha vez de questionar o fantasma e ver o que era aquilo.
Nada demais, o vento entrava pela janela, batia num grande livro grosso que tinha na estante e canalizava o vento para o setor dos livros mais finos. Bastou tirar o livro grosso que desviava o vento para o fantasma ir embora (risos).

11. O que tira você do sério em relação à conduta de alguns pesquisadores?
Todo bom pesquisador sabe que o que tira do sério é quando você necessita do apoio de outro para fechar algum detalhe de sua pesquisa e logo de cara vem um não expressivo e em seguida um isolamento, como se você fosse uma ameaça ou um vírus contagioso. Isto é bastante comum e até certo ponto compreensível. Afinal o cara dedica anos na labuta, num esforço tremendo e de repente alguém chega só querendo o resultado. Essa fase de entender essa atitude eu já parei de questionar, hoje vejo da seguinte maneira, se aquela informação não vai interferir no andamento do seu foco de pesquisa, aí sim, não há problema em ceder informações, mesmo porque o ditado é antigo; uma mão lava a outra.
Mas, se realmente aquele dado for interferir no que você pretende fazer, aí cabe sim uma pausa compreensiva de quem precisou de sua ajuda.
Tenho um caso aqui mesmo de alguém que pesquisa um clube de futebol paraibano, cedi alguns dados meus para auxiliar na pesquisa e quando foi minha vez de solicitar apoio para esclarecer um fato para a minha, recebi um silêncio como resposta. Uma pena!

 
12. Qual o local de pesquisa mais organizado que você já visitou?
Aqui na Paraíba o único que achei organizado foi o arquivo do extinto Diário da Borborema, onde às vezes eu me fazia de arquivista e exigia que o setor fosse adequado ao que cobra as normas de arquivos e bibliotecas. Depois que o DB fechou, os menos “desmantelados” são o do Instituto Histórico da Paraíba e a Biblioteca Átila Almeida da Universidade Estadual. Todos os outros acervos necessitam de amparo urgente.

13. E qual o arquivo particular mais interessante que você já teve a satisfação de poder visitar ou de saber de sua existência?
Conheci o acervo de um senhor chamado Severino Ramos, numa cidade que jamais pensei que tivesse possibilidade de ter algo assim, que é Areial, uns 30 km de distância de Campina Grande. Era um senhor super reservado e até mesmo na cidade poucos conheciam ele. Mas, fiquei surpreso, pois seu acervo tinha uma boa coleção de jornais Correio da Manhã da década de 30, revistas antigas, livros e fotos dos lugares onde ele fez turismo. Havia com ele postais internacionais e numa pequena sala quase um museu, antiguidades da década de 40. Vivia só, muito recluso. Visitei o acervo umas quatro vezes em 2009 apenas com caderno e lápis. Depois perdi contato. Em 2012, quando retornei com uma câmera digital, soube que ele tinha falecido há dois anos e ninguém soube informar aonde foi parar o acervo dele. Apenas me disseram que uma neta veio e levou tudo para o Rio de Janeiro. Ninguém soube informar para que parte do Rio, nem mesmo o proprietário da casa, que era alugada, sabia para onde ela levou tudo!

14. Em geral, quais são as maiores qualidades e defeitos de um pesquisador?
A maior qualidade é a insistência; a pior é a arrogância e o egoísmo, infelizmente isto existe!

15. Que sugestões você daria para todo pesquisador com a finalidade de facilitar as pesquisas?

Sou um defensor nato da criação de uma confraria de pesquisadores, como jornalista aprendi a trabalhar em equipe e sei o que isto significa quanto ao andamento e sucesso de qualquer empreendimento. Sei que é complicado juntar um quebra-cabeça assim, creio que muitos até tentaram. Mas talvez o que impeça a união seja justamente essa relação “divulgar ou não divulgar” dados. 80% dos pesquisadores que conheço são super “reservados” em relação a seus dados. Grande parte quer publicar seu livro e seu trabalho, alguns parecem até que disputam uma corrida para ver quem sair na frente. Só que cada pesquisa tem sua característica. Às vezes há um cidadão que fala da história do Fulano Futebol Clube e acha que não pode haver outro que fale também. Ora, será que o Fulano Futebol Clube não tem outras histórias para contar que ele não saiba?

16. Qual seu time do coração? Você faz ou fez pesquisas relacionadas a ele? Mantém contato com outros pesquisadores especializados em seu time do coração? Como é a sua convivência com estes?
Entregar a “rapadura” não é comigo (risos). Gosto quando todo mundo aqui fica na dúvida quanto ao meu time local. Há quem me atribua ser torcedor do Treze, outros do Campinense. Fato é que já fiz material para as duas equipes com empenho e dedicação semelhante. Quem me visitar vai ver material das duas equipes na minha casa. Quando há jogo de importância histórica para ambos, sempre vou, independente das cores. Prefiro dizer que sou CSA alagoano, porque acho as cores azul e branco bonitas.

17. Quais suas sugestões e expectativas em relação às pesquisas em seu Estado? Acha que é possível reunir os pesquisadores regularmente em encontros de confraternização?
Na Paraíba conheço atualmente onze pessoas que estão dedicadas a suas pesquisas de futebol. Desse total, creio que apenas quatro comungam o mesmo pensamento de formarem um clube de pesquisa. Os demais preferem caminhar sozinhos e pouco se interessam em interagir. O lado positivo desta história é que os quatro que andam trocando dados estão mais perto de publicar suas obras que os demais. Vejo isto como um reflexo quanto ao poder da união. Não tenho vergonha de dividir a publicação de uma obra com alguém, pelo contrario é um mérito.
Já imaginou uma obra do tipo Formação do futebol candango, por José Ricardo e J. César, ou Torneios do Futebol Brasileiro, por Julio Diogo e Mario Vinicius?

18. Você já publicou algum livro, monografia, CD ou DVD relacionados ao futebol? Tem algum trabalho no “forno”?
Já publiquei varias matérias históricas sobre futebol no extinto Diário da Borborema. Inclusive já fui editor de suplementos sobre futebol paraibano. Também fui editor por dois anos da revista do Guia do Campeonato Paraibano e de um site local. Atualmente estou finalizando um livro sobre o campeonato com previsão de lançamento para 2014!
Nesta área de publicação tenho um bom conhecimento e sei exatamente o que é possível ou não de publicar e seus custos e onde obter opções de publicar!

19. Você participa de algum blog ou site especializado em pesquisas sobre o futebol?
Me afastei um pouco da internet, mas auxilio um colega com uma coluna no site
www.pbesportes.net, um site simples mais com boa audiência na cidade!


20. Quais são seus projetos de pesquisas para o futuro?
Projetos estão sempre fluindo na minha mente, trabalho com isto na parte que é voltada ao designer de impressos. Momentaneamente estou elaborando projetos gráficos de duas publicações, uma para a Paraíba e outra para o Rio Grande do Norte, ambas revistas. Pessoalmente, apenas o livro que pretendo lançar está na prioridade, mas, sempre do nada aparece algo que antecipa o livro, em geral através de revistas ou encartes!

21. Na sua opinião, qual foi o melhor pesquisador que já tivemos em nossa história?
No Brasil há e houve grandes pesquisadores de futebol. Atualmente acho o Celso Unzelte uma boa referência na mídia. O Veríssimo também traz muito do futebol gaúcho. Mas, há aqueles que ficaram esquecidos, o Tomaz Mazzoni é um desses. Se não fosse por ele muita coisa do futebol sul/sudeste estaria perdido!

22. Um sonho que você ainda não realizou em suas pesquisas.
O sonho de todo pesquisador é converter seus conhecimentos em livro, ainda não realizei isto!

23. Finalizando, deixe o seu recado ou impressões sobre as pesquisas, sobre o blog e também sobre outro tema qualquer.
Acredito que o recado já foi dado e ele passa pela união de forças. Acredito que se realmente existir a formação de um time que objetive não somente se auxiliar, mas, promover publicações, vamos dar um passo ativo para a concretização de vários projetos que inúmeros pesquisadores tem. Sobre o blog não haveria iniciativa mais louvável, até mesmo para fomentar essa necessidade de interação entre os pesquisadores. Acho que está mais do que na hora de parar um pouco com as vaidades e começar a articular algo sério, mesmo que esse seja na base do “engatinhando”. Por incrível que possa parecer é possível reunir pesquisadores com um objetivo comum. Não é fácil, também se fosse fácil não seria algo que caracterizasse nosso perfil, afinal qual é o pesquisador que às vezes não complica (risos). Obrigado José Ricardo pelo espaço e não pare, o blog pode ser um bom começo para a confraria das traças.